Pai, fui ao circo!

O circo no velho Coliseu jaz nas brumas da memória! Agora está no Parque Tejo. Envolvidas numas enormes nuvens de poeira surgem as enormes tendas não coloridas e garridas mas majestosamente brancas!

Lá dentro ao invés dos gritos de "àgua fresca",rajá fresquinho" ,inúmeros balcões chamam à compra das mais variadas bugigangas...Depois entrei ...agora sim, no circo! E lembrei-me logo da velha magia... E esperei.

E vieram uns sofisticados palhaços;e baloiçando no trapésio as meninas fizeram belos números arrojados ( mas ninguém cá em baixo ...dizia "cuidado" cuidado") e logo a seguir as contorcionistas fizeramo seu corpo parecer uma corda espiralada. E depois as cores rebolaram ,saltaram ,derramaram-se pelo chão para voltearem repentinamente pelos ares ,e as cores eram pessoas ,e os corpos eram cores...e aquela arena era um mundo de uma fantástica fantasia... e eu ali, era um arco-iris ....

40 anos depois...

...e olhamo-nos. E procuramos no rosto,nos olhos ,nos sorrisos o tempo que passou. E esquecemos as desilusões,os trabalhos, as fadigas....e lembramos as gargalhadas ,as cumplicidades,os esforços,as esperanças...e guardamos num abraço esse tempo cor-de -rosa!

A força das 4ª Feiras! Promotores de cultura...

Hoje sim houve Tertúlia! Mais uma vez a Dulce Matos esteve connosco, como nas outras semanas...Mas hoje esteve ainda mais presente! Fernando Dacosta lembrou-a e realçou a o seu esforço para envolver a vida dos que a rodeavam num grande laço de cultura. Foi uma hora de encontro daqueles que sempre sentem a ânsia de se enriquecerem com o saber dos que sabem dar.

A viagem

ILHA de

Maior-

ca !

A minha viagem já vai em dezenas de anos...Tive a sorte de a iniciar com companhia ! Nove meses de íntimo contacto e partilha deu-me para me sentir sempre bem acompanhada.De tal modo apreciámos o ínicio da viagem que quisemos terminar esta primeira e crucial etapa dando-a de presente a um viajante que já nos aguardava hà quatro anos. E o vício de viajar entranhou-se até ao dia em que outra galáxia nos espera!

Como o tempo passa!

Sim passa e não se agarra! O tempo voa,esvai-se entre os dedos...mas subrepticiamente infiltra-se nos ossos.E então aí, pesa,carrega e a cada passada o tempo faz-se dolorido, bem sentido não deixando não ,ninguém voar! O voo sim fica para o espírito. Este em sentido inverso, solta-se e rompe pelos ares, procura na imensidão do azul a energia da vida e depois ...retorna. E eu qual vasinho de violetas multicolores abro as minhas pétalas e sugo a alegria de estar viva!