segunda-feira, 23 de março de 2009

domingo, 22 de março de 2009

No dia do pai ...por acaso, ou não?


Uma brincadeira,um worhshop, 3 minutos,duas palavras : protecção,segurança ...e saíu isto...


Quando era criança levavam -me até à praia.ficava maravilhada com as ondas e o mar azul. Mergulhava até ao encontro dos peixes mais pequeninos e não tinha medo! Cá em cima estava o meu pai. Quando o medo se queria apoderar de mim, virava a cara e via as pernas do meu pai.Ele estava ali,protegia-me. Sentia então a confiança necessária para de novo penetrar no grande oceano e sonhar que chegaria ao outro lado do mundo. Se eu queria ,havia de chegar. O prazer da aventura havia de me empurrar para o meu sonho.

sexta-feira, 20 de março de 2009

21 de Março - O dia mais importante do Mundo

Para a minha Alexandra...

"Foi para ti que criei as rosas."


Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei ás romãs a cor do lume.

"Eugénio de Andrade:

segunda-feira, 16 de março de 2009

Á descoberta da Pré-História - Menino do Lapedo

Descobrir um interessante e importante achado arqueológico, perto de Leiria. Num fim de semana vá ver o Abrigo do lagar velho " , o Centro de Interpretação" desta recente descoberta pré-histórica e o local onde foram descobertos estes vestígios arqueológicos.
Atenção- Só está aberto aos fins de semana!
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Menino do Lapedo ( reconstituição)

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Sugestões....


Na galeria Bernardo Marques, há mesmo arte e criatividade!!!


Diz -nos o artista,Tiago Taron
ALBA ATROZ
"Há cerca de um ano comecei a pintar uma caravela. muito povoada com diferentes seres e uma quantidade enorme de objectos e casas que pareciam uma pequena cidade dentro dela. O desenho levou-me às caravelas de que ainda hoje não se sabe bem como realmente seriam. Sabemos porém que foram e fizeram prodígios e um dos maiores seria o da sua própria imagem quando vista por quem nunca as teria suposto possíveis.
Imagino os nativos de terras de Vera Cruz. Imagino-os olhando para o horizonte a ver aparecer primeiro um ponto branco no meio do mar e depois aquele vulto de madeiras escuras. Velas brancas e uma cruz encarnada no meio de tudo aquilo.Imagino a força dessa primeira imagem e compreendo que tenham tomado as caravelas por animais fabulosos por pássaros enormes .

Imagino também que nos tenham tomado por seres igualmente enormes aparentados com esses póssaros colossais que chegavam a flutuar vindos do infinito. vindos do meio do nada para os visitar.Esta imagem imaginada - da primeira vez que um índio viu uma caravela chegar à costa - entretinha-me e ficava a pensar no espanto e na resposta que teria sido dada a esse espanto.
Dei então comigo a pensar que esse espanto teria sido muito maior então do que me causaria hoje a aterragem de um objecto voador não identificado ao monte onde pinto."


E eu também me pus a viajar nas caravelas do Tiago e embora não consiga pintar a minha viagem ela foi de uma imensa imaginação que me levou a outros locais fabulosos...
Vá à Galeria Bernardo Marques na Rua D.Pedro V ,em Lisboa e ficará fascinado pelo local ,pelos trabalhos apresentados e ...até poderá encontrar o Tiago que ali está a fazer a sua obra.






quarta-feira, 11 de março de 2009

Qual Barbie,qual,quê!


A minha boneca de celulóide, ela sim, era mesmo uma boneca…Não tenho retratos mas a imagem dela está tão presente na minha lembrança que se fosse boa desenhadora, reconstitui-la-ia de forma perfeita. Boneca – bebé, gorduchinha, corpo de cheiinho de serradura (?) envolto num pano rosa tal qual uma pele sedosa. Os bracinhos e pernas eram gordinhos um tanto encolhidos com refegos próprios de criatura bem alimentada e cuidada. E a carinha rechonchuda, de boquinha rosada, narizinho delicado, olhinhos pestanudos que fechavam e tudo! A cor da pele era rosadinha como convinha. O único tom que destoava ao rosa era o traçado das pequeninas sobrancelhas e a pintura levemente castanha que prenunciava uma futura cabeleira. A minha boneca era brasileira, pelo menos eu sempre assim a imaginei. Tinha atravessado o Atlântico no Vera Cruz quando este paquete ainda fazia pacíficas viagens entre o Velho e Novo continente. Pois a minha Lília ainda hoje existe. Tem mais de 50 anos! Existe na minha memória…Teve um fim muito triste a minha boneca! Foi o primeiro grande desgosto da minha vida! Ora oiçam!


Um dia, nas férias grandes com certeza, teria 13,14 anos, corri de tranças ao vento até à horta do avô. Ele devia lá estar, atarefado na rega do feijão verde. O grande tanque deveria estar a ser despejado e eu poderia trepar o muro, dar um mergulho, refrescar-me na água fria enquanto ia tirando as folhinhas verdes e castanhas que iam tapando o ralo por onde a água escoava. Cheguei à horta ,a porta estava aberta, mas o avô não estava na rega .Talvez estivesse no caramanchão deitado na cadeira de lona com o jornal no colo a descansar ao mesmo tempo que observava o moinho a puxar a água para encher o tanque… Corri ao caramanchão mas o avô também ali não estava. Olhei, espreitei, não vi o avô mas…sobre o tampo da grande mó que servia de mesa, à sombra da grande nespereira onde tantas vezes baloicei , junto àquela verde avenca que no meio da mó lhe acentuava a frescura, estava a minha querida boneca …quase desfeita! Os braços, as pernas, a carinha, haviam amolecido após dias aos relento…os olhinhos abertos pareciam pedir ajuda…e o meu coração teve o primeiro baque de uma perda irremediável. Agarrei nela contra o peito …e corri, corri , até casa …e chorei ,chorei até hoje!