domingo, 22 de março de 2009

No dia do pai ...por acaso, ou não?


Uma brincadeira,um worhshop, 3 minutos,duas palavras : protecção,segurança ...e saíu isto...


Quando era criança levavam -me até à praia.ficava maravilhada com as ondas e o mar azul. Mergulhava até ao encontro dos peixes mais pequeninos e não tinha medo! Cá em cima estava o meu pai. Quando o medo se queria apoderar de mim, virava a cara e via as pernas do meu pai.Ele estava ali,protegia-me. Sentia então a confiança necessária para de novo penetrar no grande oceano e sonhar que chegaria ao outro lado do mundo. Se eu queria ,havia de chegar. O prazer da aventura havia de me empurrar para o meu sonho.

sexta-feira, 20 de março de 2009

21 de Março - O dia mais importante do Mundo

Para a minha Alexandra...

"Foi para ti que criei as rosas."


Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei ás romãs a cor do lume.

"Eugénio de Andrade:

segunda-feira, 16 de março de 2009

Á descoberta da Pré-História - Menino do Lapedo

Descobrir um interessante e importante achado arqueológico, perto de Leiria. Num fim de semana vá ver o Abrigo do lagar velho " , o Centro de Interpretação" desta recente descoberta pré-histórica e o local onde foram descobertos estes vestígios arqueológicos.
Atenção- Só está aberto aos fins de semana!
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Menino do Lapedo ( reconstituição)

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Sugestões....


Na galeria Bernardo Marques, há mesmo arte e criatividade!!!


Diz -nos o artista,Tiago Taron
ALBA ATROZ
"Há cerca de um ano comecei a pintar uma caravela. muito povoada com diferentes seres e uma quantidade enorme de objectos e casas que pareciam uma pequena cidade dentro dela. O desenho levou-me às caravelas de que ainda hoje não se sabe bem como realmente seriam. Sabemos porém que foram e fizeram prodígios e um dos maiores seria o da sua própria imagem quando vista por quem nunca as teria suposto possíveis.
Imagino os nativos de terras de Vera Cruz. Imagino-os olhando para o horizonte a ver aparecer primeiro um ponto branco no meio do mar e depois aquele vulto de madeiras escuras. Velas brancas e uma cruz encarnada no meio de tudo aquilo.Imagino a força dessa primeira imagem e compreendo que tenham tomado as caravelas por animais fabulosos por pássaros enormes .

Imagino também que nos tenham tomado por seres igualmente enormes aparentados com esses póssaros colossais que chegavam a flutuar vindos do infinito. vindos do meio do nada para os visitar.Esta imagem imaginada - da primeira vez que um índio viu uma caravela chegar à costa - entretinha-me e ficava a pensar no espanto e na resposta que teria sido dada a esse espanto.
Dei então comigo a pensar que esse espanto teria sido muito maior então do que me causaria hoje a aterragem de um objecto voador não identificado ao monte onde pinto."


E eu também me pus a viajar nas caravelas do Tiago e embora não consiga pintar a minha viagem ela foi de uma imensa imaginação que me levou a outros locais fabulosos...
Vá à Galeria Bernardo Marques na Rua D.Pedro V ,em Lisboa e ficará fascinado pelo local ,pelos trabalhos apresentados e ...até poderá encontrar o Tiago que ali está a fazer a sua obra.






quarta-feira, 11 de março de 2009

Qual Barbie,qual,quê!


A minha boneca de celulóide, ela sim, era mesmo uma boneca…Não tenho retratos mas a imagem dela está tão presente na minha lembrança que se fosse boa desenhadora, reconstitui-la-ia de forma perfeita. Boneca – bebé, gorduchinha, corpo de cheiinho de serradura (?) envolto num pano rosa tal qual uma pele sedosa. Os bracinhos e pernas eram gordinhos um tanto encolhidos com refegos próprios de criatura bem alimentada e cuidada. E a carinha rechonchuda, de boquinha rosada, narizinho delicado, olhinhos pestanudos que fechavam e tudo! A cor da pele era rosadinha como convinha. O único tom que destoava ao rosa era o traçado das pequeninas sobrancelhas e a pintura levemente castanha que prenunciava uma futura cabeleira. A minha boneca era brasileira, pelo menos eu sempre assim a imaginei. Tinha atravessado o Atlântico no Vera Cruz quando este paquete ainda fazia pacíficas viagens entre o Velho e Novo continente. Pois a minha Lília ainda hoje existe. Tem mais de 50 anos! Existe na minha memória…Teve um fim muito triste a minha boneca! Foi o primeiro grande desgosto da minha vida! Ora oiçam!


Um dia, nas férias grandes com certeza, teria 13,14 anos, corri de tranças ao vento até à horta do avô. Ele devia lá estar, atarefado na rega do feijão verde. O grande tanque deveria estar a ser despejado e eu poderia trepar o muro, dar um mergulho, refrescar-me na água fria enquanto ia tirando as folhinhas verdes e castanhas que iam tapando o ralo por onde a água escoava. Cheguei à horta ,a porta estava aberta, mas o avô não estava na rega .Talvez estivesse no caramanchão deitado na cadeira de lona com o jornal no colo a descansar ao mesmo tempo que observava o moinho a puxar a água para encher o tanque… Corri ao caramanchão mas o avô também ali não estava. Olhei, espreitei, não vi o avô mas…sobre o tampo da grande mó que servia de mesa, à sombra da grande nespereira onde tantas vezes baloicei , junto àquela verde avenca que no meio da mó lhe acentuava a frescura, estava a minha querida boneca …quase desfeita! Os braços, as pernas, a carinha, haviam amolecido após dias aos relento…os olhinhos abertos pareciam pedir ajuda…e o meu coração teve o primeiro baque de uma perda irremediável. Agarrei nela contra o peito …e corri, corri , até casa …e chorei ,chorei até hoje!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Périplo pela raia nordestina. Novo dia!











Antes de se dar o salto para o país, ( ia dizer irmão, mas não, tem de ser) país vizinho, um saltarico até Boticas. Haviam-nos alertado para a sede deste pequeno concelho. E ficámos encantados com o parque que marginaliza o rio que atravessa a vila, e com a casa do Turismo, velhinho edifício restaurado que se enquadra lindamente neste arranjo . Daqui rumámos a Verin que faz frente a Chaves ,não só geograficamente como do ponto de vista económico. Uma cidade pequena mas com um balanço que nada tem que ver com a vizinha portuguesa. Como cidade galega tinha de ter o seu pulpo. Saboreámo-lo numa típica taverna exclusivamente dedicada a este petisco. Pelas ruas iam passando vários mascarados de todas as idades, que se aprestavam a juntar-se ao grande desfile que se ia realizar pela tarde. ( Em Chaves não se via um único mascarado!) Entre estes deparámos com uns mascarados trajados de modo semelhante aos nossos Caretos. Dali a Alhariz foi um instante. Vila Património da Unesco. No alto de uma pequena colina um restos de um castelo e à volta deste até ao sopé do monte um conjunto de pequenas igrejas românicas, um emaranhado de ruas de traçado medieval que vêm desembocar junto do rio. Sobre este duas,três pontes, mas uma delas a ponte romana destaca-se pela sua beleza. Venha a Alhariz que vai gostar!