segunda-feira, 2 de março de 2009

Um périplo ziguezagueante pela raia nordestina










Partir. Lá longe tudo me espera. Chegarei e verei o que nunca ninguém viu como eu! Penetrarei no mundo que ali está como que imutável. E ele será só meu!
Chaves! A cidade foi e está ainda realmente fechada ao progresso. Quem a mantém encerrada num rotineirismo melancólico e atrasado? Onde estão as chaves que poderão abrir esta terra ao desenvolvimento? A recuperação de algumas velhas casas ainda é insuficiente para dar um novo ar ao velho centro histórico. A par de uma casa restaurada, muitas dezenas de outras jazem abandonadas. Um comércio antiquado afasta das lojas os compradores. O velho forte de S.Francisco transformado em interessante hotel defronta-se com o novo e cinzentão casino que dificilmente arrancará os projectados milhões de euros aos vizinhos espanhóis. E os flavienses arrastam-se ao longo dos dias ansiando pelos meses de Verão que lhes trarão os esperançosos doentes nas mágicas águas termais. Um toque de beleza chegou no entanto à cidade .O novo espaço ajardinado ao longo do rio Tâmega, propenso ao descanso e ao desporto, veio dar - lhe certa grandeza e enaltecer ao mesmo tempo a majestosa e velhinha ponte romana. Chaves reserva no entanto um bom segredo - a sua rica gastronomia! Em bons e vários restaurantes encontra-se uma suculenta variedade de pratos cozinhados com cuidado e fazendo apelo aos bons produtos da região. Portanto vale a pena ir a Chaves. Se o ambiente o desmoralizar, dê-lhe novo ânimo com um bom pernil degustado no “Leonel” e regado por um bom vinho de Valpaços, sentir-se-á com novas energias e verá o que o rodeia com olhos mais benévolos e até agradecidos!

Um comentário:

anamar disse...

Fizeste-me criar água na boca....
e os pasteis de massa tenra???
São únicos!!!
Da próxima também quero ir!!!!